Vale adotará medidas judiciais contra ação civil que impede uso da barragem Laranjeiras em Brucutu
Impacto será de aproximadamente 30 milhões t/ano de minério de ferro
A Vale informou que teve ciência de decisão proferida pela 22ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, no âmbito da ação civil pública n° 5013909-51.2019.8.13.0024, movida pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que determinou, dentre outras providências, que a empresa se abstenha de lançar rejeitos ou praticar qualquer atividade potencialmente capaz de aumentar os riscos das barragens Laranjeiras, Menezes II, Capitão do Mato, Dique B, Taquaras, Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III.
Segundo a mineradora, "dentre as barragens abrangidas pela ordem judicial, as três nas quais utilizou a metodologia de alteamento à montante, as barragens Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III, já estavam inoperantes e abrangidas pelo plano de descomissionamento acelerado comunicado ao mercado no Fato Relevante "Vale anuncia o descomissionamento de todas as suas barragens a montante", datado de 29 de janeiro de 2019. As demais estruturas são convencionais".
A Vale ressalta no comunicado que "as estruturas convencionais têm propósito exclusivo de contenção de sedimentos e não de disposição de rejeitos, à exceção da barragem de Laranjeiras. Todas as barragens estão devidamente licenciadas e possuem seus respectivos atestados de estabilidade vigentes. A Vale entende, assim, que não existe fundamento técnico ou avaliação de risco que justifique uma decisão para suspender a operação de qualquer dessas barragens".
Pelos cálculos da mineradora, o impacto estimado da paralisação temporária da barragem de Laranjeiras na mina de Brucutu (complexo de Minas Centrais) é de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
A Vale informa que "adotará as medidas judiciais cabíveis quanto à referida decisão".
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